Comunidade improvisa balsa para garantir que crianças cheguem à escola há mais de 7 meses em MT
Balsa foi construída pelos próprios moradores como única solução, já que a estrada alternativa é de difícil acesso e a van escolar não consegue passar ...

Balsa foi construída pelos próprios moradores como única solução, já que a estrada alternativa é de difícil acesso e a van escolar não consegue passar no local. Comunidade em Santo Antônio de Leverger continua sem ponte e alunos usam balsa improvisada Os moradores da comunidade Abolição, em Santo Antônio de Leverger, a 35km de Cuiabá, precisaram improvisar uma balsa para atravessar o Rio Aricá Mirim depois que a ponte que ligava a região foi destruída por um incêndio, há sete meses. Sem a estrutura, as crianças são umas das mais afetadas e enfrentam a travessia diariamente para conseguir ir à escola. Em nota, a Prefeitura de Santo Antônio de Leverger informou que negocia a construção de uma ponte de ferro com o Exército Brasileiro e também discute uma estrutura de concreto com o governo do estado, No entanto, nenhuma solução foi apresentada ainda. Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Educação pediu apoio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) para fornecer um veículo adequado, já que a única estrada alternativa é de chão, tem quase 20 km e dificulta o acesso, principalmente em dias de chuva. “Eu passo por um pau, subo na balsa e duas meninas puxam. Hoje vim sozinho e minha avó vem depois”, contou Igor Gomes, de 5 anos, que enfrenta o trajeto todos os dias. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Além dos alunos, produtores e outros moradores também dependem da balsa improvisada para trabalhar e se deslocar. “Na primeira reunião, a prefeita garantiu que arrumaria um carro adequado para levar as crianças. Isso já tem oito meses, mas nunca aconteceu”, afirmou Marcelo Neves, produtor rural da comunidade. A balsa foi construída pelos próprios moradores como única solução, já que a estrada alternativa é de difícil acesso e a van escolar não consegue passar no local. Segundo o produtor rural Ademir Franco, a situação preocupa a população, já que as crianças são as que mais sofrem, justamente por dependerem da balsa para irem à escola. “Minha neta caiu, molhou todo o material e teve que voltar para casa trocar de roupa, porque ela ficou cheia de lama. As crianças, para estudar, correm risco”, disse. Os moradores dependem da balsa improvisada para trabalhar e se deslocar MT1